Henrique Guidi fala sobre carreira no jornalismo esportivo

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Pedro Accorsi (1º semestre)

Henrique Guidi, narrador esportivo do grupo SporTV, concedeu entrevista ao Blog de Olho na Carreira (DONC). O jornalista falou sobre sua trajetória profissional e como é trabalhar com jornalismo esportivo. Confira:

DONC: Conte sobre sua trajetória no Jornalismo.

 Guidi: Eu comecei na Máquina da Notícia em 2006 como estagiário, foi o meu primeiro ano de estágio. Permaneci durante seis meses lá. Sempre desejei trabalhar com o esporte, nunca tive dúvidas que o jornalismo esportivo era o meu objetivo de vida. Quando eu saí da Máquina da Notícia, fui para o Top Esportes, o qual seria o Esporte Interativo atualmente. Fiquei em torno de três a quatro meses trabalhando lá e depois fui para a Gazeta Esportiva, porque desejava trabalhar em site para ampliar meu repertório profissional. Em seguida, migrei para a Jovem Pan, onde fui fazer rádio escuta. Fiz também dois meses de assessoria de imprensa na ESPN e trabalhei na Editora Abril na revista Placar Digital. Esta última experiência profissional durou dois meses, pois havia passado no processo seletivo para estagiário no Grupo Globo.  

Eu fui o primeiro estagiário do Globo Esporte no formato do Tiago Leifert. Entrei na Globo no dia 12 de janeiro de 2009. Quando encerrei meu estágio, fui chamado para trabalhar na CBN Rádio Globo como repórter e produtor do CBN Esporte Clube, que era o programa do Juca Kfouri e do Vitor Birner.

Em 2011, fui aprovado no processo seletivo do Passaporte Sportv para atuar como correspondente internacional, porém, na entrevista final comuniquei que gostaria de ser narrador. Eles entraram em contato comigo e avisaram que eu precisaria fazer o treinamento completo como repórter para em seguida realizar o treinamento como narrador. Após o fim dos dois treinamentos, me tornei narrador no Sportv.

DONC: Notei que você já passou por importantes “casas” do esporte, como Esporte Interativo, Grupo Bandeirantes, TV Cultura e atualmente está no Sportv. Quais são os diferenciais e pontos chaves necessários que você considera essenciais para se inserir no meio jornalístico esportivo?

Guidi: O diferencial para trabalhar com esporte é que você precisa saber muito do assunto que você está abordando. O conhecimento precisa ser completo, não apenas sobre esportes. É necessário ter domínio de cultura em geral. Estar bem-informado é um ponto primordial, você precisa saber o que está acontecendo dentro do seu país e o que está ocorrendo no mundo. A leitura de sites e jornais internacionais, escutar podcasts, assistir a programas de debates esportivos são etapas fundamentais para se inserir na profissão.

DONC: Atualmente você trabalha como narrador esportivo. Qual é a preparação necessária para entrar ao vivo e o que é fundamental para se tornar um narrador esportivo?

Guidi: Em relação à preparação para entrar ao vivo, eu dou sempre uma dica para quem vem me perguntar isso. Você tem que pensar que a câmera é a sua mãe, como se você estivesse falando para a sua mãe, porque senão você pira. Ao pensar que existem centenas de milhares de pessoas te assistindo e ouvindo do outro lado da tela dá um certo frio na barriga, o qual se mantém até hoje. Digo que todos irão ter este receio, eu mesmo ainda possuo, brinco que, quando parar de sentir o frio na barriga, terei que arranjar outra profissão. É necessário pensar que a câmera é a sua amiga para ficar o mais à vontade possível. Fazendo isso, você não vai tremer e não vai dar “branco”. Dominar o assunto o qual vai ser debatido é fundamental também para ter uma boa performance.

DONC: O que representou para você a cobertura in loco dos Jogos Olímpicos Rio 2016? Considera esse feito o maior marco da sua carreira até o momento?

Guidi: Falando sobre os Jogos Olímpicos Rio 2016, sim foi o maior feito na minha carreira até o momento. Sem dúvida. Eu estive nas Olimpíadas de Tóquio também, mas fazer a transmissão do estúdio é muito diferente por conta de não ser uma experiência completa. Presencialmente, você consegue sentir tudo ao seu redor, já dentro do estúdio não é possível. A transmissão fica muito mais rica quando você está in loco. A gente tinha a credencial que dava quase livre acesso para tudo. Eu fazia os meus jogos, depois corria até a piscina e assistia a algumas finais de natação ou eu corria até a Arena Carioca 1 para ver um jogo de basquete dos Estados Unidos ou do Brasil. A experiência é incrível de cobrir um evento desses, me considero extremamente realizado por ter participado da cobertura.

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