Jacidio Junior, colunista do Omelete, vai da música à arte

jacidio junior
Foto: divulgação do colunista.

Nathalia Miranda – 1o semestre

O DONC foi até a cafeteria mais próxima da redação para conversar com Jacidio Junior, cineasta, jornalista, professor e roteirista.

Jacidio tem uma coluna de música na plataforma digital Omelete (link). A coluna, chamada “Jacidio, who?” trata de música eletrônica e como ele mesmo descreve: “se eu vou em algum show, eu escrevo sobre. Algumas vezes eu entrevisto algumas outras pessoas também e subo os textos lá. Então, sou colunista de música com uns ‘freelas’ em outras coisas”.

O DONC entrevistou o jornalista, que em três anos de carreira no Omelete e outros tantos na área de cinema, têm muito a dizer sobre o que é o jornalismo ultimamente, sua rotina e dá dicas para quem está no começo da carreira.

Com o cheiro de café e vozes ao fundo, o DONC questionou o jornalista sobre suas ambições sobre a coluna, qual foi o intuito inicial e ainda e seu foco principal nesta jornada. “Quando comecei a trabalhar com o Omelete, a ideia era fazer tipo um Wikipédia de cinema. Eu comecei a produzir esse conteúdo, depois eu fui para a redação para trabalhar com música porque eles nunca tinham investido 100% nisso. Trabalhei um ano e meio com música. Eles quiseram que eu ficasse mais tempo, mas por conta desses outros trabalhos não deu certo e eu preferi ficar só com a coluna. Especificamente, música eletrônica”, conta.

Uma curiosidade surgiu e não era saber a origem do chá que estava tomando, e sim, qual era a intenção com uma coluna de música eletrônica? Um hobby? Mas a resposta foi diferente. “Minha intenção com a coluna é tentar fazer esse ‘crossover’, porque assim, tem muita gente que ouve o que toca no rádio, mas não conhece o que toca fora. É difícil jogar algumas coisas de uma forma que seja palatável para quem não conhece. Você fica no meio termo o tempo inteiro, mas estamos aí, tentando”, respondeu Jacidio.

Pra deixar o clima mais animado, perguntamos sobre a não obrigatoriedade do diploma de jornalismo. Contextualizando, em 2009 o STF suspendeu a obrigatoriedade do diploma do jornalista. O DONC conversou sobre isso com Jacidio, que disse sua opinião sobre o assunto: “Depois que eu saí da faculdade, já não me considerava um jornalista. Hoje é certo, eu não me considero. Eu estou jornalista, menos do que estava no passado, eu faço coisas que um jornalista faz, mas não me considero um jornalista. Quando eu estava na faculdade eu era a favor, agora eu só não ligo. É necessário ter um diferencial. Por que do jeito que está, as coisas estão complicadas. Você sai da faculdade moldado, sem saber escrever, sem ter experiência”, opina.

Quando o horário urgia (e o limite de uso do wi-fi já estava no fim), faltava saber sobre a rotina de alguém que é a personificação do termo “multitarefas”. Jacidio explicou, calmamente: “Minha rotina é uma desgraça, basicamente. Mas é boa, desse jeito que eu gosto. Esse trabalho mesmo que eu tenho, não tem um horário fixo. Eu tenho que cumprir um horário semanal, então tem vezes que eu trabalho da meia noite às quatro, às vezes das quatro às oito e por aí vai. Tudo depende se estou com insônia ou não. A coluna normalmente eu escrevo na quinta feira a noite, que é mais tranquilo”, relata.

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