Durante uma das reuniões de pauta do De Olho na Carreira, surgiu a ideia de investigarmos sobre como é o trabalho de um correspondente internacional. Entramos em contato com a jornalista da Record, Thais Furlan. Embora atue hoje como repórter em São Paulo, já trabalhou como correspondente em Nova York, durante 2008 e em Londres, de 2009 até 2013.
Entramos em contato com a jornalista por meio das redes sociais. Marcamos a entrevista em um shopping de São Paulo e, munidas de câmeras e gravadores, iniciamos a entrevista.
Perguntamos quais foram os passos para a jornalista se tornar uma correspondente internacional. “Nunca tinha passado pela minha cabeça”, ela diz e conta o episódio de forma informal.
Após a temporada em Nova York, Thaís foi enviada para Londres, cidade em que passou a maior parte da sua jornada como correspondente. “Teve uma reestruturação interna na Record, e eu fui transferida para Londres”.
Thais cita o fato de trabalhar com uma equipe de trabalho reduzida e uma carga de trabalho mais intensa. “Você começa a fazer uma matéria que provavelmente não é a mesma que será entregue no final do dia”. A jornalista compara o trabalho nos dois países e comenta o seu dia a dia:
A repórter conta também sobre algumas dificuldades, como a cobertura da queda de um avião na Polônia, episódio em que morreram muitos membros do governo. Além disso, Furlan ressalta a dificuldade da língua nesse tipo de trabalho.
Comentamos sobre os segredos e especificidades na cobertura de eventos extraordinários, como atentados e desastres aéreos. “Eu não consigo ter o sangue frio. Me emociono com o drama das pessoas”, conta Thais. A jornalista fez questão de frisar que é preciso ter bom senso para saber até onde o jornalista pode ir, ter a sensibilidade de perceber aquilo que pode ser perguntado em situações extremas.
Ouça um pouco sobre as reportagens mais difíceis e marcantes na atuação da jornalista como correspondente internacional:
DICAS PARA SE TORNAR UM CORRESPONDENTE INTERNACIONAL
Thais Furlan deu dicas para aqueles que desejam seguir essa profissão:
- Procurar um veículo que tenha tradição ou que tenha uma boa estrutura para coberturas internacionais;
- Domínio da língua;
- Desapego em relação aos amigos e familiares;
- Procurar estagiar em editorias de cobertura internacional.
Letícia Teixeira (2º semestre de Jornalismo)
Lara Junqueira (6º semestre de Jornalismo)
Colaboração: Carol Abrusio (2º semestre de Jornalismo)