Marcelo Rech, da ANJ, fala sobre a importância do Jornalismo nos dias atuais
Texto: Marina Toledo, 1º semestre de Jornalismo
Foto: José Sordi, 1º semestre de Jornalismo
No último dia 15, a ESPM e a Columbia Journalism School realizaram o 2° Seminário Internacional de Jornalismo em São Paulo. Para a abertura do evento, Marcelo Rech, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), esteve presente e falou sobre a evolução da comunicação no jornalismo.
Segundo Rech, passamos da comunicação em uma direção para a comunicação interativa. “Alguém fala, o outro interage. O feedback é imediato, e o cidadão também produz. Isso enriquece muito o jornalismo”, disse.
Ele também ressaltou, no entanto, que isso pode trazer um caos jornalístico, pois são informações em todas as direções. “Antigamente o jornalista/especialista tinha a palavra final. Hoje todos acham que têm a palavra final. Com a internet, mentiras se espalham de forma instantânea e o compartilhamento é a nova ordem mundial, as pessoas não se preocupam com a credibilidade da notícia”, afirmou. Por isso, Rech acredita que o jornalismo nunca foi tão relevante. “Somos necessários para a sanidade mental do planeta”, ressalta.
Quando começou a falar de fake news, Rech alertou que o jornalismo deve evitar esse termo, pois não se trata de notícia, mas sim de mentiras espalhadas deliberadamente. Segundo ele, a melhor maneira de combater essa desinformação é uma aliança entre os veículos e uma educação voltada para consumo de mídia, já que as pessoas não sabem mais distinguir o que é verdade e o que não é.
Ele ainda deu uma dica para todos os futuros jornalista presentes na plateia. “Ativismo não é o melhor amigo do jornalismo e da ciência. Alguém que é muito a favor de algo não será capaz de escrever uma matéria imparcial”.